quarta-feira, 31 de maio de 2017

Colcha de retalhos



Escrever... consumir-se.
Consumir-se em uma autoanálise da psique.
Estou eu a escrever o TCC da pós, uma monografia, fazendo e refazendo parágrafos, adicionando frases, reescrevendo outras, embaralhando(-me) conceitos, criando partes e remendando outras, expurgando... 
Noto que minha insatisfação reside no meu "processo criativo".
E sei que, por leituras várias, inúmerxs autorxs não se fazem de rogadxs quando necessitam escrever o fim antes do começo, o meio no final, o parágrafo de abertura do texto como a cereja do bolo.
O que eu tenho de errado? 
Um perfeccionismo paralisante. 
Queria escrever tudo de uma tacada só, sem cortes e recortes, sem refraseados, com as ideias justas e dominando o assunto. Isso é possível? Sim, mas não agora, não para mim, não nesse momento.
Conhecer-se é entender seus limites e saber que, para desafiá-los, é necessário um investimento em algo ainda não feito - tempo, dedicação, paciência...
Sigamos.