sábado, 30 de outubro de 2010

Hamburguer ilhado

Uma de minhas melhores lembranças da infância é ter saído do show do Legião Urbana no Geraldão e ir com meu primo Nando e minha irmã Silvinha ao Ilha Burger, na Antônio Falcão.


Pois bem, eu tenho ido correr na praia e noto que a movimentação na dita cuja hamburgueria é alta e constante (sou quase vizinho).


Lá levei, há quinze dias, minha mãe e minha pitéu Valentina. Como já disse, passo por lá sempre, mas não pisava dentro do estabelecimento desde 1992. Para a pequena, pedi um cheeseburger simples, sem verdura, sem molho etc. e um suco de uva. Minha mãe tomou apenas uma coca-cola, e eu pedi um hamburger de calabresa, com molho de hortelã e abacaxi gratinado.


Éramos os únicos clientes no momento.


Foi lamentável.


O caixa, apesar de uma simpatia, me pareceu bastante enrolado. O chapeiro demorou mais de cinco minutos para aparecer e preparar os pedidos. O suco de uva estava amargo, não tinha gosto nem de Frutare e meu suco de mangaba lembrava qualquer coisa, menos a fruta.


Quando os sanduíches chegaram, vi logo que o da minha filha estava com alface, tomate, e uma exagerada dose de maionese. O meu sanduíche, muito gorduroso, também nadava em maionese (era uma vez molho de hortelã).


A única coisa notável é que a carne do hamburger de Valentina (é claro que eu experimentei) tinha um leve gosto defumado. O cozinheiro não usava um daqueles utensílios para pressionar a carne na chapa, mas sim um abafador, o que conferiu um sabor de churrasco à carne.


A Nostalgia muitas vezes vem carregada de ilusão. Tais momentos são irrepetíveis. Repatriar a memória é como trazer alguém do exílio: há assuntos que não devem ser mencionados.


O diletantismo tem dessas coisas. Sem técnica, mas aspirando a um constante aprendizado, sem conhecimento, mas com uma cultura geral bem encorpada, as (re)descobertas nos levam a insólitos caminhos. Temos de enfrentá-los sempre.


Ele diz: "Estou de olho!"

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Omelete #001



Uma omelete de galinha com cream cheese.


Ingredientes:


Peito de frango, coxa ou sobrecoxa;


02 ovos em temperatura ambiente e levemente batidos;


Molho shoyo;


Limão a gosto


01 colher de sopa exagerada de cream cheese;


01 colher de sopa de milho;


02 rodelas de tomate, sem semente;


Preparo: Desfiar o frango e regar com molho shoyo; colocar umas gotas de limão; bater os ovos e, em uma frigideira plana e antiaderente, passar um pouco de manteiga. Recomendo fogo médio. Após colocar os ovos, esperar que estes fiquem consistentes e cozidos para inserir os ingredientes. Depois de adicionar a galinha (sem o excesso do shoyo), por o milho e o cream cheese; acrescentar o tomate e dobrar a omelete (feminino!).


Recomendações: pimenta do reino a gosto; salsinha ou orégano (se quiser um sabor mais forte, mas com comprometimento da harmonização dos ingredientes). Após derramar os ovos, com uma espátula direcione as bordas já cozidas para dentro, a fim de que o cozimento se dê mais rápido. Para dobrar a omelete, bata de leve na frigideira para ela se soltar, incline a frigideira e deixe a omelete escorregar, usando a gravidade para ajudar a realizar a dobra.


Eu não usei sal quando fiz a minha. O shoyo foi suficiente. O tomate deixou a omelete bem suculenta, e o milho e o cream cheese me surpreenderam pela harmização com a galinha.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

"Onde quer que seja"

Estive recentemente no Varekai, que não é mais Bistrô, e sim Café.


Apesar de todos os meus conhecidos terem ido quando a casa ainda estava na Galeria Joana D'Arc, sinto que o intimismo foi preservado, mesmo com a mudança para o local onde antes habitava o Da Noi, mais espaçoso, e mais caro ($$$).


A decoração privilegia a peregrinação feita pelo chef Thiago Arnaud em sua constante formação. Paisagens asiáticas, do leste europeu, norte da África e da Península Ibérica.


A recomendação dos amigos comensais foi expressa: Menu Confiança. Mas o Errante Diletante aqui não sabia que deveria ter reservado com antecedência.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

"Eu ando pelo mundo prestanto atenção..."

 Ou não!


Será esse o espírito d'O Diletante?


Cores das quais não sei o nome; pratos deliciosos, frutos de uma petrificante alquimia, eles dizem: "Decifra-me para me devorar".


I'm a scavenger and I shall prevail.


Bem-vindo!


E, qualquer coisa, pergunte ao pó!