domingo, 2 de setembro de 2012

Bock e amargo a setenta

Parece inusitado, mas desfrutei uma deliciosa cerveja bock . Uma Therezópolis Rubine. Maltes de Munique e Viena, leve sabor de canela e banana. E eu, que tinha acabado de comer chocolate amargo a setenta, danei-me a saborear essa deliciosa cerveja nacional. Recomendo muito.


sábado, 19 de maio de 2012

E o assunto é cerveja

Sim, após todo esse tempo, bebi algumas cervejas marcantes, sobre as quais vale a pena tecer alguns pormenores, só para ficar em um leve pedantismo (ah, leia O Pedante na Cozinha, divertido e saboroso).




Começarei com a última cerveja que tomei, da cervejaria escocesa Harviestoun: a Ola Dubh (óleo negro), uma Stout (torrada, escura, alta fermentação), armazenada em barris de carvalho do whisky 18 anos Highland Park, single malt de Orkney. Essa cerveja é feita com trigo, cevada e outros grãos. Caramelada, com excelente torrefação (para quem gosta), um creme todo especial e bem complexa na boca. O teor alcoólico, de 8 graus, não incomoda, mas o preço sim... Estas foram as impressões que anotei enquanto a tomava: "torrado, maltado, defumado, amargo, cremoso, caramelo salgado, âmbar escuro, não frutado, final levemente doce".


Experimentei também a alemã Einbecker, uma bock superior com um tom âmbar escuro. O malte predomina e a cerveja tem leves notas frutadas. Creio que cairia bem com pratos com condimentos simples e frutos do mar.










Tomei também uma dark ale chamada Old Peculiar, da cervejaria Theakston. Nada marcante. O legal é que ela patrocina um festival de literatura, o Old Peculiar Crime Writing Festival, em Harrogate, na Inglaterra. Cada garrafa da ceveja vem com um microconto com 10 palavras. O meu era Dark House, por Simon Kernick: "Picked off one by one. Four... Three... Two. It's You". 




Agora vem a menina de ouro. Adoro cervejas de trigo. Elas são encorpadas, mas leves, frutadas, com personalidade. MInha namorada escolheu uma cerveja de trigo da Schneider Weisse, a TAP 5. Existem a TAP 3, a TAP 0 etc., creio que seja pelo teor alcoólico... mas chega de digressões. Essa foi um teste às cegas. Primeiro eu senti um aroma de calda de abacaxi. Após experimentar, o lúpulo desceu nas papilas, e o frescor do malte de trigo completou o sabor. A cerveja é bem frutada, mas tem um amargor complexo e com perfeito balanço. Olha, foi uma das melhores... O atendente da cervejaria disse que ela não era lupulada e estava mais para o caramelo. Eu disse, olha, você pode estar certo, mas eu tô sentindo isso. Pedi, enfim, para dar uma olhada na garrafa, e o que havia escrito: Hopfenweisse Weizendoppelbock. Em bom português (no selo da importadora: cerveja com notas de abacaxi, lúpulo - HOP -, notas de caramelo e amargor acentuado). Que orgulho, viu. É bom saber que, caso eu queira fazer um curso sobre cervejas, estarei no local certo. Neste mesmo dia também tomamos a Medieval, uma red ale nacional. Eu apenas a menciono porque está na foto, pois não valeu o que pagamos. O amargor tá todo errado, com uma acidez que incomoda em vez de acrescentar sabores complexos.


Bom, leitores, espero que gostem e que divulguem.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Cerveja filada

 Creio que ainda não publiquei alguma postagem exclusiva sobre cervejas.



Hoje isso muda, e será de uma forma bem usual: pouco original.


Já que tantos falaram tão bem sobre o que eu queria dizer, vou às fontes e faço um apanhado filho da preguiça para você, caro leitor.


Semana que vem irei, se tudo der certo, a Ribeirão Preto. Isso, terra do bar Pinguim. O quê? Não ouviu falar? Tá bom, terra da Colorado, cervejaria artesanal que tem me encantado com suas produções. Cervejas feitas de mandioca (aipim), café, mel, rapadura etc. (Xi, parece que no Pinguim não vende Colorado, ou estarei enganado?)


Nesta semana experimentei a Demoiselle, cerveja preta estilo Porter. E aqui seguem minhas impressões: cremosa, com um aroma e gosto de café, seguido por um retrogosto de caramelo, deixando um pouco de torrefação no palato. Servida na temperatura correta, perto dos 7º C.


No site da Colorado, cá está a primeira fila:

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Madame d'Orvilliers



Café cultivado na Fazenda Império, na região do Cerrado de Minas Gerais.


Possui notas cítricas e um sabor suave, com sabor residual de chocolate ao leite (bom, pelo menos foi isso que senti).


Esse café é vendido aqui como Gourmet, pois possui 100% dos seus grãos de origem arábica.


Em 2008 ganhou o prêmio de melhor café do Brasil da ABIC na categoria Gourmet.


A história que vem estampada na embalagem, sobre a origem da produção cafeicultora no país, é bem interessante e vale à pena ser compartilhada:

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Pane no fogão!

Minha mãe adora pães. Se ele tivesse espírito empreendedor, teria uma padaria, e decerto comandaria o forno industrial.

Em homenagem a ela, fiz um panetone extemporâneo, mas apenas um pouco.

Não usei essências nem frutas cristalizadas. Nozes e passas deram o tom, além de um pouco de vinho branco.

Outro fato interessante é bater alguns ingredientes no liquidificador. A massa também não foi sovada, mas descansou por uma hora.

Vamos ao paozão no fogão:

Ingredientes:

03 ovos;
180 ml de suco de laranja;
120 ml de leite integral morno (não pode estar quente, saindo fumaça, pois senão mataria as leveduras do fermento);
100g de margarina;
320g de açúcar refinado;
1 pitada de sal;
600g de farinha de trigo sem fermento;
01 saco de fermento biológico seco para pães (10 g);
200g de passas e nozes envolvidas em farinha.

Preparo:

Deixe as passas para hidratar em uma quantidade de vinho branco que as cubra. Depois misture as passas às nozes quebradas e envolva a mistura com farinha de trigo (isso evite que a mistura afunde na forma).
Em uma tigela, misture o fermento, o sal e a farinha. Acrescente o leite, mas não mexa. O calor do leite acelerará o processo de fermentação.
Bata no liquidificador os ovos, o suco, a margarina e o açúcar.
Despeje o conteúdo do liquidificador em uma tigela e acrescente a farinha aos poucos, misturando bem (use uma batedeira com rotação de leve a média).
Despeje as passas e as nozes e misture bem.
Use formas de papel para panetone (eu fiz dois panetones, mas essa receita também serve para um pão), as quais devem ser bem untadas com óleo (não de soja) ou azeite (usei azeite).
Deixe a massa descansar para crescer por uma hora.
Pré-aqueça o forno por 15 minutos a 180º C.
Ponha os panetones em uma assadeira e leve ao forno por 45 minutos ou até que se possa enfiar um espetinho e este saia limpo.

A massa ficou deliciosa; macia, mas firme. Ficaram douradinhos, mas sinto informar que perdi as fotos...