segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Cavaletes (conto)

Sinto que me barraram em minha própria casa. Sinto, mas não muito.
Não consigo me aproximar, não que eu não tenha vontade; não tenho perdão.
Estava sobre cavaletes. Puídos e emprestados por Seu Jorge. Será que vai cair? Casa de cupim quando quebra todos correm; um caixão quando cai…
Já vai longe e tarde.
E quando todos saem, a casa fica. Eu fico na casa.


* Nota. O conto veio com uma ideia que tive durante minha ida no ônibus ao trabalho hoje pela manhã. Acrescentei palavras, limei outras, mas a forma não é esta aqui impressa. Creio que a forma dará, para mim, sentido ao que o narrador/personagem passa/é sujeitado. Ficou, na verdade, um microconto. Isso porque ele não está acabado, mas como não tenho pretensão capitalista com minha literatura, e sim narcísica, vou publicar o processo, as etapas e a conclusão, esta posteriormente. Simplesmente editarei essa postagem, ok, folks?


quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Re//torno

Em torno da coisa (res).

A coisa volta.
A coisa do outro. A volta do outro.
O Outro.
Em torno da psicanálise lacaniana e seus termos herméticos - furo soprador; lalíngua, real, A, a, Outro, outro, sujeito barrado, verdade incognoscível (real?)...
Tergiverso. Antes em versos...
Mas suscito em mim uma curiosidade que vai além de minha análise, minha autoanálise - se isso for possível - uma conversa ao pé do inconsciente, uma impossibilidade.
Torno às coisas, ao preenchimento daquilo que, desde Joyce, tornou-se sinthoma, ou phanthoma, lalíngua posta em resto... Não há como se traçar a angústia.
(Retalhos.
Uma interessante HQ sobre adolescer, crescer, perder. Sobre impossibilidade).
Sou uma angústia de verso e anverso. Um lado mystique; outro, plastique.
Linguagem, discurso, desejo. O desejo que vai além da linguagem. A verdade que não é linguagem; o discurso que não é verdade; o desejo que toca o real, a verdade...


Rem
Em torno.