terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Alegria que tempera










Almoço com amigos, planos, descobertas, novos temperos.


Um dia de sol, alegria, contato com a natureza e a promessa de uma união duradoura.


Estive na casa de um amigo de infância, que me chamou para um almoço pós-natal.


A mãe dele, cozinheira de mão cheia, preparou um churrasco e me levou para conhecer sua pequena horta de especiarias frescas as quais ela prontamente utiliza em sua cozinha.


Como tiragosto, ela nos serviu uma linguiça temperada, com cenoura ralada e passas. Simples assim? Sim!, e que delícia. A linguiça, fininha (esqueci o nome complicado) estava levemente adocicada, um aroma de mel e erva-doce; a cenoura, mesmo crua, estava macia e salgada no ponto; a passa coroava a mistura agridoce.


No almoço, comemos linguiça de frango, maminha, salada de peru (a carne desfiada, macia, rosada e suculenta; acelga, alface, figo e manga), salada de bacalhau, frango, farofa e arroz. 


Depois fiz uma visita ao horto do pai do meu amigo. Espécies amazônicas, da Mata Atlântica, do sul do país. Algumas trazidas do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, outras, doações de amigos. Um trabalho impecável, com cuidado e carinho. Pena que tirei foto apenas de um trecho que ainda estava a germinar. Não fiz jus à imensidão da dedicação.


Conheci também a pequena plantação usada na cozinha: diversos tipos de pimenta, estragão fresco, nirá (erva japonesa com aroma semelhante ao alho, mas quando refogado lembra camarão), cebolinha, alecrim... Inspiração para o que pretendo fazer aqui em casa.


Bom, essa postagem foi menos sobre culinária e mais sobre o espírito fraterno que permeia essa época do ano. E talvez por causa disso, a comida tenha ficado ainda mais gostosa.



sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Tucupi no Tacacá...

... Tacacá com Tucupi.

Pois bem, falei sobre fronteiras da culinária no Brasil e voilá, estive no restaurante Casa do Pará. Experimentei Tacacá, comi um delicioso casquinho de caranguejo, bebi uma Cerpa redonda (perto dessa a Skol desce tombando) e provei um revigorante açaí.

Detalharei a experiência depois, pois não consegui cabo usb (Nokia N70, alguém se habilita?) para baixar as fotos do meu celular.

Posso apenas dizer que valeu à pena e voltarei lá.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Programa Nota PE - Literatura e Culinária

Cristiano Ramos, idealizador do portal cultural NotaPE, recebeu no Programa NotaPE o pesquisador Raul Lody.


De acordo com Ramos, o "antropólogo, pesquisador e professor Raul Lody fala sobre Os Caminhos do Açúcar, seu mais recente livro. O papo girou em torno de Gilberto Freyre, da importância da culinária em nossa cultura e como o tema comida se relaciona com a literatura".


Uma excelente pedida.


Em tempo: Ontem, em um jantar com amigos, conversei com o chef Sérgio Muniz sobre as últimas fronteiras culinárias do Brasil, em termos de ingredientes, misturas, temperos, ervas. Ele defende um estudo sobre a mata atlântica e os sabores que lá se encontram, se escondem e se foram. Essa catalogação, pesquisa e experiência deve sim ser empreendida. Lembrei-me que alguns chefs brasileiros defendem que a Amazônia é a última fronteira gastronômica do Brasil, e lá concentram seus esforços. Bom, que essa nova frente se abra, pois Pernambuco ainda possui mata atlântica, substância dessa, assim espero, rica pesquisa.



quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Aula de Culinária 01 - Menu Italiano - Entrada





Ontem, eu e uma amiga participamos de uma aula de culinária no La Pasta Galleria.


A lição consistiu no preparo de um menu italiano com entrada, prato principal e sobremesa.


A entrada foi um Pão Italiano recheado com Frutos do Mar ao Creme de Prima Donna; o prato principal, Salmão com Risoto de Limão Siciliano e Aspargos e a sobremesa consistiu em uma Macedônia de Frutas com Zabaione.


A bebida ideal para acompanhar a entrada e o prato principal é um bom vinho branco seco. Não tomei nada ontem porque estava de carro, mas repetirei a receita e postarei nos comentários qual vinho foi harmonizado.


Nesta primeira postagem eu falarei sobre a entrada.


Antes, porém, um pouco sobre o local do curso. O La Pasta Galleria fica na Galeria Joana D'Arc, no bairro do Pina, Recife-PE. É um pequeno restaurante italiano, cuja proposta é fazer um serviço completo, de modo artesanal. A batuta e propriedade ficam a cargo do chef André Falcão, que ministra as aulas no Espaço Gourmet do estabelecimento. André possui uma técnica refinada, gosta de usar bons ingredientes, e consegue transformar coisas simples em deliciosas. A decoração do ambiente é minimalista, mas sem perder de vista os detalhes que remetem à culinária italiana. Outro dia postarei comentários sobre o restaurante em si.


Mais um aparte: as fotos foram tiradas pela amiga, Mercedes Sosa.


Vamos lá, à Entrada.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Brioche Nanterre


Estava ontem examinando o livro Técnicas de Padaria Profissional, do Senac (R$ 90,00), e fiquei fisgado pela receita de brioches, dos quais gosto muito.


Surfando na internet, encontrei um blog onde é mostrado o passo-a-passo do Brioche Nanterre. A diferença dessa receita para a da massa básica do brioche é que, no preparo desta, após o segundo crescimento da massa, ela deve ser deixada por 24h na geladeira e, depois, ser utilizada como lhe apetecer.


Cliquem aqui para ver a receita.


PS: a imagem foi retirada do blog mencionado

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Aula de culinária (01)

No próximo dia 14 de dezembro participarei de uma aula de culinária com o Chef André Falcão, no Espaço Gourmet do La Pasta Galleria, localizado na Galeria Joana D'Arc.
O tema será Menu Italiano.
Após a aula, darei minhas impressões sobre o local, o curso, os pratos etc.
Para saber mais sobre o Chef e o restaurante, clique aqui.



segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Il Barista


Hoje estive em uma loja especializada em cafés: a Il Barista. Ela já funciona em São Paulo há algum tempo, e começou suas atividades por aqui na nova loja da Samsung do Shopping Center Recife.
Há diferentes tipos de bebidas especiais, todas feitas com (ou inspiradas no) café, além de quitutes para acompanhar a bebida africana.
O preço do espresso é R$ 3,50, um pouco elevado para os padrões da cidade, mas justificado pelo fato de a loja ser especializada. Três tipos de grãos - e origens - se destacam: o Ópera, o Maestro e o Jazz. Experimentei o último, e não me arrependo. O líquido é levemente encorpado e com acidez mediana. 
A loja oferece um cartão com direito a dez espressos - e um de cortesia - por R$ 30,00. 
Da próxima vez - e haverá uma próxima vez - tomarei o Ópera, que promete ser forte, ter corpo intenso e aroma de chocolate.


Em tempo: um dos baristas da loja venceu o 1º Campeonato Regional de Baristas, realizado no último 11 de novembro, durante a Fispal Food Service, no Centro de Convenções.

Alice Escondidinha

Esse é o nome de uma receita simples, sem frescura nem invencionice.


Tudo começou com uma dúvida postada em uma rede social.


Como não pedi autorização, publico apenas as frases, sem os nomes dos envolvidos.

P: Artur Lins, "perlo amor de Deus" como se faz um escondidinho de carne seca ? Já é a terceira tentativa frustrada!!!!!!!

R: Rapaz, não sigo o modo tradicional, faço do jeito que vi o claude troigros preparar um outro prato, então uso isso como base: dessalgar a carne (500g) por 24h na geladeira, trocando a água a cada duas horas (se quiser mais salgadinha, trocar a água apenaas 4 vezes). Cozinhar em banho maria por duas horas, fogo baixo. Desfiar a carne; refogar pedacinhos de bacon e separá-los; refogar a carne seca na gordura do bacon, com cebola etc. e tal, e reservar. A macaxeira (1k): cortar em pedaços (cubos) e cozinhar em água com sal. Leva umas 2 horas, na panela de pressão, 30 min. Depois de escorrer a água, amassar a macaxeira e acrescentar meia garrafa (100ml) de leite de coco e a mesma medida de leite. Pronto. Colocar o purê de macaxeira, uma camada pequena, mas que cubra todo o refratário. Colocar a charque e completar, cobrir a charque com o restante do purê. Colocar queijo muçarela (prefiro ele picadinho) por cima e levar para gratinar no forno. Me chama! Preciso fazer poemas sobre culinária. É uma alquimia.


E então, o que vocês acharam?

domingo, 27 de novembro de 2011

O real do real

Nancy Huston defende que o ser humano, única espécie consciente do seu nascer e do seu fim, utiliza-se da fantasia como uma necessidade inerente à sua condição, algo necessário...


Esse ensaio (A Espécie Fabuladora - um breve estudo sobre a humanidade) nasceu de uma pergunta que lhe foi feita por uma presidiária: "Por que inventar histórias quando a verdade já é tão extraordinária?".


Huston tenta responder a essa pergunta e coloca como ponto nodal o fato de que a realidade, a qual pode ser extraordinária, sempre é uma percepção de determinado sujeito e que, contada por outrem, nunca terá a apreensão original, em termos fisiológicos, do que realmente aconteceu.


Para finalizar, reflitam sobre este pensamento:


"Toda ficção é um faz-de-conta, o que torna a fantasia mais válida (e mais honesta) do que o realismo". HILL, Joe. Fantasmas do século XX. Rio de Janeiro: Sextante, 2008, p. 24.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Sangue, Ossos & Manteiga


Ou um livro para quem gosta de culinária sem frescuras.

O primeiro livro lido por mim a respeito experiências pessoais no mundo da gastronomia foi o de Anthony Bourdain, Cozinha Confidencial.

Fiquei apaixonado, no bom sentido, pela figura do Bourdain. Esse cara hoje muito conceituado e chef-executivo-à solta de um dos melhores restaurantes de Nova York (o Les Halles) já foi um dissoluto: usuário de drogas, farrista inveterado, beberrão nas horas vagas e ocupadas, mas excelente cozinheiro.

O bom do seu livro é ver o despertar da paixão pela comida em tenra idade (ao tomar sopa fria - uma vichyssoise - a bordo de um cruzeiro para a Europa), e como isso o levou à culinária.

Hoje Bourdain possui um programa de tv por assinatura (Sem Reservas), no qual ele percorre vários lugaresdo mundo em busca da boa comida servida nas esquinas das ruas (além de ir em bons restaurantes, óbvio).

De olho nessa culinária sem frescuras, onde o importante é ter bons ingredientes e alguém que saiba um pouco de alquimia para transformá-los em pratos deliciosos, pus o olho no livro Sangue, Suor & Manteiga (Blood, Bones & Butter), da chef de cozinha Gabrielle Hamilton, dona do Prune, também em Nova York (o livro foi lançado nesta semana pela editora Rocco e custa R$ 39,50, trad. por Lucas Murtinho).

O diferencial da obra é exatamente o que parece se repetir no livro do Anthony: suas vivências, desde garota; os excessos cometidos; a falta de dinheiro e a busca incessante por oportunidades nesse meio por vezes tão machista (e aqui uma lição - não é que seja machismo, mas há uma certo espírito pirata entre os cozinheiros; a pessoa tem de mostrar que, além de ser bom no que faz, aguentar o rojão, as brincadeiras e saber se impor quando necessário). Mas Hamilton se destaca pelo maior domínio da prosa (fruto da experiência literária e de sua formação também em Literatura) do que sua contraparte masculina. Seu texto é fluido, elegante e magnético (antes que eu fique na berlinda: o Bourdain também é um excelente escritor). Nota-se logo que ela é um daqueles chefs sem frescura, e que ela quer apenas servir um bom prato com bons ingredientes.

A dica então é: quem quiser um livro bem escrito de culinária sem ter de ficar preso às receitas, compre Sangue, Ossos & Manteiga.


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Comida de Santo





Se você dormir, o Santo leva.


Pessoal, não avisei antes, mas então corram pois o festival acontece apenas até o próximo domingo.


Comida de Santo é o nome. Menus com Bebida, Entrada, Prato Principal e Sobremesa, por R$ 45,00 em vários locais (Olinda, Recife, Porto de Galinhas).


Quem promove é o Portal Engenho de Gastronomia.


O mote é uma homenagem à influência africana em nossa cultura.


Cliquem aqui para verem a relação dos restaurantes participantes e seus menus.


Recomendo os seguintes: Jalan Jalan, Evoke, Beijupirá e Thaal.


Bom apetite e me contem se por lá aparecerem.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O diletante não apenas se alimenta...

...tem de se nutrir. A nutrição é, para mim, um dos principais componentes da alimentação, pois barriga cheia não é sinônimo de saúde.
Pensando nisso, e por ter voltado a correr há uns três meses, alterei, no último mês e meio, minha dieta, sempre apoiado em publicações especializadas em corrida. Foi algo de moto próprio, mas acredito na importância do Nutricionista para quem faz esportes e, agora que eu, digamos, estou estabilizado em minha alimentação, procurarei um.
Quero também que vocês saibam que não estou seguindo qualquer dieta, mas sim investi em um processo de educação alimentar. O resultado: emagreci sete quilos em um mês e meio (80 para 73) e estou me sentindo mais saudável.
Comecei por reduzir drasticamente o consumo de açúcar (sou viciado em café, mas já tenho como hábito há alguns anos tomar espresso puro). As recomendações são para adoçar qualquer bebida com açúcar apenas uma vez por dia. O negócio é que eu tenho comido muita fruta, e frutose em excesso também faz mal. Diminuí também o consumo de gordura (mas não cortei, pois seu consumo é essencial para quem pratica exercícios). Tenho preferido peixes a frango, um ou outro produto com ômega três (castanha do pará, damasco, peixes gordurosos). Aumentei o consumo de carboidratos (CH) associados a fibras, para ter uma boa reserva de energia, pois as fibras auxiliam na digestão prolongada dos CH, os quais não são convertidos de imediato em glicogênio (e o consumo de fibras solúveis - aquelas que retêm líquidos - ajuda a aumentar a sensação de saciedade).

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Ovo poché do Tuca (01)

Cheguei em casa há pouco (corrida, bebê - e postarei algo sobre nutrição daqui a uns dias) e lembrei-me de uma receita que o mestre Paul Bocuse fez de ovo poché. A única coisa que lembro (faz uns dois anos) é que ele usou vinho tinto.
Bom, abri uma garrafa de vinho, peguei os poucos ingredientes que tinha à mão e voilá, tá aqui a receita.


 Ovo poché do Tuca, versão 01.


Ingredientes (porção para este escrevente):
- 1 ovo;
- 200 ml de vinho;
- cebolinha;
- cebola;
- um ramo pequeno de alecrim;
- tomate;
- pimenta do reino a gosto;
- glucose de milho;
- molho de soja.


Preparo:
Pique a cebola e a cebolinha (uma colher de sopa de cada uma) e refogue na manteiga em fogo baixo; quando a cebola começar a suar, acrescente um pouco da glucose de milho (uma colher de chá) e, após, uma colher de sobremesa de molho de soja; após a caramelização, acrescente o tomate picado (meio centímetro), o ramo do alecrim (aqui uma pausa: era para ser um buquê garni, com outros temperos verdes, apenas para dar gosto ao prato - na linguagem frescurenta atual, acrescentar perfume, argh! - e ser retirado logo em seguida; aqui em casa não tinha salsinha, nem louro etc. e tal, só alecrim mesmo) vinho tinto e deixe ferver. Adicione uma pitada generosa de pimenta do reino. Quebre o ovo e transfira-o para uma concha. Com cuidado, despeje o ovo na frigideira (deixei a gema descoberta, para que ela não fique muito dura). Após um minuto, o molho reduziu. Verifique se a clara não está crua e pronto!, pode servir. 


Com uma espátula, retire o ovo com cuidado e sirva diretamente no prato, despejando com carinho o restante do molho.


Para harmonizar, servi-me do vinho utilizado na preparação do prato, um Cabernet/Merlot 2010 da Pampas Del Sur, da região de Mendoza (não achei o vinho excelente, possui uma acidez um pouco elevada).


* Se o ovo ficou bom? O melhor elogio foi meu pai ter dito que lhe lembrava o bife acebolado que minha bisavó fazia para ele quando eles ainda moravam em Niteroi. A nostalgia é, por vezes, o melhor elogio. Lembrou-me a famosa cena de Ratatouille.



Queijo coalho empanado com geleia de abacaxi



Essa receita é da chef Ana Luiza Trajano.


A receita é agridoce e levemente picante. Deve ficar bom com uma cerveja de qualidade e um shot de tequila.


Vamos lá:


Ingredientes:
500g de queijo de coalho;
4 ovos; 
500g de farinha de mandioca; 
500g de abacaxi; 
200g de açúcar; 
50g de gengibre; 
60g de pimenta-dedo-de-moça sem semente.


Preparo do Queijo 
Bata os ovos; 
Corte o queijo em cubos de aproximadamente quatro centímetros; 
Passe os cubinhos nos ovos batidos e empane-os na farinha de mandioca; 
Frite os cubos em óleo quente e retire o excesso de óleo com um papel-toalha. 


Preparo da Geleia 
Pique a pimenta-dedo-de-moça, já sem sementes, em cubos pequenos; 
Corte o abacaxi em pedaços bem pequenos, de aproximadamente meio centímetro; 
Coloque o açúcar em uma panela e deixe em fogo médio até que fique em ponto de calda; 
Acrescente o abacaxi cortado e cozinhe lentamente; 
Por último, acrescente o gengibre bem picado e a pimenta. 


Para montar, coloque os cubos de queijo em um prato e sirva com a geleia.


* foto de Alexandre Schneider

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Peixe à Moda do Cunhado Português

Eu meio que desacredito os concursos que vejo aí pela internet e outras mídias, tão comuns em nosso passado televisivo.
Para minha surpresa, a múltipla Izabella Lucena me informou que um amigo seu fora contemplado em um concurso culinário promovido pela Ajinomoto, onde a prerrogativa era o uso de um dos temperos prontos da marca Sabor A Mi.
A receita vencedora foi um peixe intitulado "Peixe à Moda do Cunhado Português", e que cunhado legal, esse, viu, pois a receita é simples, mas surpreendente, com o toque de batata-doce e pimenta rosa.
Para maiores informações, o site oficial do concurso já disponibilizou, de forma gratuita, um livro digital com as receitas.
O link é este aqui.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Panqueca Americana



Essa receita fiz para mim e para minha filha em um momento de descontração. Um café da manhã diferente, onde se lambuzar faz parte da diversão.


Ingredientes:


3/4 xícara (chá) de leite
2 ovos levemente batidos
2 colheres (sopa) de manteiga derretida
1 colher (sopa) de açúcar
1/2 colher (chá) de sal
1 xícara (chá) e 1/4 de farinha de trigo
2 colheres (chá) fermento em pó.


(OBS: Se quiser fazer a receita para uma pessoa, aqui vai a nova configuração de alguns dos ingredientes - 3 colheres de sopa de leite, 1 ovo, 1 colher de manteiga derretida, 1 colher de sobremesa de açúcar, uma pitada de sal, 4 colheres de farinha de trigo e uma colher de chá de fermento).

Preparo:


Misture os ingredientes líquidos e reserve.


Misture os ingredientes secos (todos peneirados).


Acrescente os ingredientes líquidos aos secos (mexendo bem e aos poucos). Não tem problema se ficar levemente empelotado. 
Não é para bater ou mexer muito, por causa do fermento.
Unte uma assadeira média (teflon) e ponha uma concha da panqueca. Quando começarem a aparecer bolhas na superfície, é hora de virar a panqueca. 
Após dourar, servir quentinha com sorvete, mel, Karo, leite condensado ou o que sua imaginação sugerir.


Divirtam-se.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Costeleta de porco ao molho de mel e mostarda







Preparei uma costeleta de porco com um deliciosíssimo molho. Sim, o molho foi o destaque, por pequenos erros que acabaram não sendo meros detalhes. Explico durante o processo...


Ingredientes:


1 tira de costela de porco aparada;
4 colheres (sopa) de mostarda dijon ao mel;
50 ml de óleo de gergelim;
10 ml de vodka ou cachaça;
Suco de 2 limões;
Sal e pimenta do reino;
Orégano;
2 colheres (sopa) de extrato de tomate;
Alguns ramos de alecrim;
Cebolinha francesa cortada (a parte branca).

Le Comofazê:

A costeleta tem de estar descongelada, fresca (e foi aí onde errei, pois a comprei congelada, pus a bicha na geladeira e comecei a preparar o prato com ela ainda durinha).

Deve-se preparar uma marinada com a Mostarda, o Óleo de Gergelim, a Vodka ou Cachaça, o Sal, o Orégano, o Extrato de Tomate e o Limão.

Ponha a costeleta em uma assadeira, despeje a marinada, os ramos de alecrim, a cebolinha picada, cubra-a com papel alumínio e devolva-a à geladeira por pelo menos 6 horas.

Pre-aqueça o forno a 180º, por dez minutos. Após retirar a costeleta da geladeira, asse-a por 30 a 40 min (tem gente que recomenda 200º por 20 min - outro erro meu, deixei a 200º por mais de 30 minutos!, somando-se ao primeiro erro, a carne não ficou macia, mas ficou saborosa). Depois retire o papel alumínio e deixe dourar por mais 20 minutos.

Está pronto! Eu servi com uma batata aos murros temperada com sal e azeite. 

Dica: recomento temperar a costeleta com sal grosso. A carne não ficará salgada - o sal grosso é absorvido na quantidade necessária (osmose!).

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Cozinhando para amigos



Grata surpresa tive quando ganhei esse livro de uma pessoa muita querida. Isso foi em 2007. Algumas receitas eu fiz, outras experimentei, paquerei algumas, mas o maior prazer foi ler o livro.


Heloisa Bacellar, autora e cozinheira de mão cheia, tem dois divinos dons que são raros em conjunto: cozinhar bem e escrever bem. O livro Cozinhando Para Amigos não é apenas um deleite para os olhos, transmite ainda um prazer na descoberta da palavra, das histórias e sugestões idealizadas.


Não é um livro apenas para enfeitar a mesa de centro - grande, pesado e lindo, um belo companheiro. Sua diagramação é inteligente, e as cores e sugestões de preparo de acordo com o clima (tanto estado de espírito quando estações do ano) ajudam quando a inspiração criativa não chega.


Não é um livro que deva apenas ser consultado, e sim apreciado.

domingo, 11 de setembro de 2011

Berinjela ao Vinho



Como disse um dos membros, "o Cigacure tá de rosca". O convite para participar dessa confraria me fez lembrar a participação em outra confraria inominada, há pelo menos nove anos, na qual cada pessoa tinha de fazer um jantar com entrada, prato principal e sobremesa.

A ideia era reunir os amigos, apreciadores de conversa, comida e bebida (hearth, meat and mead, em uma boa tradição medieval). Cada prato seria avaliado e votado, para, no final, serem os eleitos declarados vencedores. Éramos cinco participantes, e conseguimos realizar apenas uma rodada.

O prato principal vencedor foi um frango ao curry com uvas, do qual me lembro muito bem. O molho estava suave, mas rico; a carne tenra; as uvas, doces e suculentas. Uma delícia. Não vou mencionar o nome da cozinheira, pois perdi contato com os comensais.

Posso dizer apenas que cozinhei duas entradas - uma berinjela ao vinho e uma polenta com molho de tomate picante -, um prato principal - gnoc ao molho de amêndoas - e por sobremesa eu fiz uma torta de maçã. Sim, foi um jantar italiano com toques especiais e pessoais.

Hoje publicarei a receita da berinjela. No vernáculo original o nome é melanzane in vino.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Bolo de Laranja com Capuccino Cremoso


Após um Acidente de Proporções Gastronômicas, pude apreciar na cozinha de casa o por do sol em algum lugar por trás dos espigões que cobrem minha visão. É tudo uma questão de imagem e imaginação.


O acidente ocorreu após uma queda vertiginosa na qual massa e ovos (ainda na casca) se misturaram sem precedentes.


O resultado, como vocês veem nessa foto pessimamente enquadrada, foi um delicioso bolo de laranja acompanhado de um não menos palatável capuccino caseiro. 


Fiz essas receitas há meses. A lembrança me trouxe boas risadas e um gosto residual que só a memória proporciona.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Kovacic – A Arte de Cozinhar (II)











E por falar em débitos, valha-me minha socorrista divina, Inanna entre os pares. Finalmente encontrei as anotações que fiz quando estive no jantar onde Izabella Lucena foi homenageada (sobre o fato, falei aqui). Hoje, quero falar sobre a comida, sobre o ambiente, sobre a experiência.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Grilo falante...

Um grilo, meu vizinho, tem reclamado que eu nunca mais postei por aqui. E ele tem razão! O tempo, companheiro, tem se adiantado, e eu, patrocinado pela culpa, escrevo aqui para avisar que os posts serão escassos, mas acontecerão. Outros projetos tomam conta de mim agora. Além de diletante, sou enjoado. Gosto de muita coisa e quero fazer muita coisa ao mesmo tempo. Tento aprender a controlar isso cortando os excessos e me dedicanco àquilo que penso ser o mais importante de imediato (não direi!).

Bom, estarei por aqui, mas de gota em gota para enchermos o papo.